domingo, 28 de fevereiro de 2016

***PRECISAMOS FALAR SOBRE ABORTO***

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***PRECISAMOS FALAR SOBRE ABORTO***


Não sou "a favor do aborto".
Ninguém é.
Mas, concordo com o Dr. Drauzio que as vezes ele se faz necessário.
Ninguém sai na rua obrigando grávida a abortar.
Mas pensar um pouco é preciso.


P.E.N.S.E


"Desde que a pessoa tenha dinheiro para pagar, o aborto é permitido no Brasil. Se a mulher for pobre, porém, precisa provar que foi estuprada ou estar à beira da morte para ter acesso a ele. Como consequência, milhões de adolescentes e mães de família que engravidaram sem querer recorrem ao abortamento clandestino, anualmente." Dr Drauzio

O aborto já é permitido para quem é rycoh.
Que cada vez fica mais rycoh.
E o pobre...
Cada vez fica mais pobre?

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

ATÉ TENHO AMIGOS JUDEUS...

Editar Postado Por: Com 5 Comentarios
Todos os dias nas redes sociais, enxergamos muitos comentários sobre uma guerra complexa, mas na maciça maioria das vezes tais comentários não são tão complexos assim.
Imagens soltas, quase sempre acompanhadas de palavras de ordem igualmente soltas; tratando muitas vezes o Estado de Israel como genocida.

Em um contexto histórico tão complexo, o que assusta é a quantidade de pessoas que se tornaram, da noite para o dia, verdadeiras experts quando o assunto é a guerra no Oriente Médio.
As mesmas pessoas que classificam o Estado de Israel como genocida são as que se espantam e dizem que “os judeus vêem antissemitismo em tudo”.

O Conflito Israel x Palestina não existe desde sempre.

Pós segunda guerra mundial, os judeus, se vendo perseguidos das mais variadas formas ao longo dos séculos acreditaram no sionismo como forma de fortalecimento de seu povo. Assim, o movimento sionista que já existia mesmo antes da segunda guerra, se tornou ainda mais forte depois do holocausto, tendo como premissa a existência de um local seguro para que nunca mais existissem ou se permitissem tais atrocidades contra o povo judeu. Nesse momento, o território Palestino era controlado por britânicos; e um acordo multilateral, após os mais variados debates, levou a Organização das Nações Unidas a efetivar a partilha da Palestina.

Em tal momento, o conflito entre judeus e palestinos que se intensificava desde o fortalecimento da ideologia sionista- política se tornou ainda mais alarmante; e desde 1948 com a criação do Estado de Israel o mundo tem assistido conflitos cada vez mais insustentáveis.
Em 1967 houve a conhecida “guerra dos seis dias” que fez tanto Israel quanto países árabes mobilizarem suas tropas. Em tal momento enxergamos o grande ápice do conflito, vez que muito mudou na situação geografia do Oriente Médio, quando houve a expansão das fronteiras de Israel de forma significativa através dos assentamentos.
Desde então, o conflito só tem aumentado. Os Palestinos que estão na região vivem em territórios esparsos, na Cisjordânia ou em Gaza, que hoje é controlada pelo grupo terrorista Hamas.

A grande confusão causada por quem consome informações prontas, com respostas rápidas e frases de efeito, está no sentido de confundir judeus sionistas com judeus opositores a criação de um Estado Palestino.
A maioria dos sionistas é a favor de um Estado Palestino, sem que isso deslegitime o Estado de Israel, que continua tendo sido criado para segurança dos judeus; que historicamente foram / são arbitrariamente perseguidos.

Na faculdade me lembro da história de uma professora judia, filha de sobreviventes do holocausto, que ministrava aulas de Sociologia. Seu pai, muito jovem e paupérrimo, tentava fugir para os Estados Unidos antes que o pior lhe acontecesse. Ele próprio não conseguiu; tendo a extrema infelicidade de ser enviado a um campo de concentração. Porém, assistiu a uma cena pitoresca. Um comerciante, também judeu, tentava a todo custo embarcar no último navio, aos brados repetitivos da tripulação de que já não haviam vagas. Tal comerciante insistia, dizia que pagava o que fosse necessário, que viajaria na cozinha, onde quer que fosse, o importante era tirar sua família dali. Já sem forças, depois de tanta insistência, o Capitão da embarcação já tendo repetido inúmeras vezes que estes não embarcariam, em um último (e vitorioso) ato, o comerciante buscou o dono do navio, também no porto, e conseguiu fugir com a família. A solução encontrada foi: Comprar o barco.

O pai de minha professora assistiu a essa cena sem poder embarcar, mas por extrema sorte, e fugindo à regra, sobreviveu aos campos. Até pouco tempo, esse senhor ainda era vivo e guardava uma polpuda quantidade de dinheiro, na qual não deixava ninguém mexer.  Faleceu de velhice, mas com o dinheiro intocado, sua explicação: Era necessário ter o dinheiro para comprar o barco, sempre.
Israel é a garantia de que os judeus não precisem mais do dinheiro do barco.

Os judeus perseguidos hoje, principalmente na Ucrânia e França, países que em 2014 possuem alto índice de ataque à Sinagogas, hoje não precisam do dinheiro do barco, pois podem encontrar segurança em algum lugar do mundo.
É indiscutível que a guerra não traz benefícios em nenhum sentido, a ninguém. Pensar que os judeus querem a morte de crianças palestinas é um redondo engano. Pensar isso por estes quererem o direito de um Estado que os proteja, é um redondo engano. Pensar que mesmo dentre judeus sionistas não exista os que defendam um Estado Palestino que conviva em harmonia com Israel, é um redondo engano.

Muitos judeus também defendem o fim da guerra; e isso não pode significar um movimento do mundo contra o Estado de Israel. As coisas compartilhadas na internet precisam ser repensadas. Todos os dias vejo compartilhamento de fotos de crianças mortas, e isso é alarmante para todos, em todos os sentidos. Ocorre que, a grande maioria das pessoas que compartilham fotos  de perfis completamente desconhecidos nas redes sociais, sequer falam árabe. Não negamos que, injustificadamente muitas crianças morreram, seja em decorrência da ofensiva israelense, seja em decorrência de terem sido usadas como “escudo humano” pelo grupo terrorista Hamas. Mas deve-se observar que nem todas as fotos compartilhadas dizem respeito a realidade atual. Imagens de outras guerras estão sendo usadas como “número de crianças mortas hoje em Gaza”.  Nesse sentido, peço encarecidamente aos colegas, que ao menos chequem as fontes, antes de compartilhar tão séria informação.

Uma reflexão que não vejo as pessoas fazerem, por exemplo, está na questão de que a esquerda brasileira em peso é a favor das cotas raciais.  Sou extremamente a favor de tais cotas, e enxergo que os negros foram historicamente oprimidos, vendo nesta solução uma justa reparação história. Mas, e quando o assunto são os Judeus? As mesmas pessoas progressistas nem sequer cogitam a possibilidade de reparação histórica pós, holocausto e perseguições de toda espécie, no sentido de que os Judeus tenham  sim direito a uma Terra para fugir em caso de novo cometimento de atrocidades. Não vejo por parte de muitos amigos nenhuma sensibilidade em se definir “Anti- Israel” sem nem ao menos questionar a possibilidade de um Estado em Israel que seja igualitário. Entenderia perfeitamente essas mesmas pessoas defendendo uma possível redistribuição de terra entre judeus e árabes, já que tão legitimo quanto o Estado Judaico deve ser o Estado Palestino.

A diferença tênue entre dizer que busca justiça e ser antissemita, está em, por exemplo, não questionar nada sobre a Ucrânia, quanto ao último incidente de abatimento de um avião de civis. Não vejo movimento “anti- Ucrânia” “morte à Ucrânia” ou ainda por “deslegitimação da Ucrânia”.  Mesmo diante de uma ação completamente deslegitima que tirou muitas vidas, em nenhum momento haverá perseguição a outro povo, que não o judeu. Foi, e continua sendo assim com o passar dos tempos.

Como é feio se dizer antissemita, vejo uma grande parcela de pessoas que podem ser autoras da frase “Até tenho amigos judeus”... Mas que, continuem negando a tais amigos o direito de não precisar por toda a vida separar o dinheiro do barco. Já disse e repito, a morte de civis em qualquer situação é indefensável, mas a verdade é que negar a um povo o direito a ter um Estado sem nem ao menos questionar ou estudar a fundo o que acontece por trás da guerra, é no mínimo injusto.

Os judeus veem antissemitismo o tempo todo? Eu não sei. Só sei que vejo antissemitismo na timeline da minha página da rede social. Com que frequência? O tempo todo!